Como eu era antes de você

Como eu era antes de você foi o primeiro contato que tive com a autora Jojo Moyes e foi simplesmente incrível, sem arrependimento algum; a escrita da autora é daquelas que te da mais vontade de ler ainda. Ela torna os personagens mais humanos.
Nesse romance ela pega os pontos mais profundos de uma pessoa e joga na sua cara sem dó nem piedade. 
Sem duvidas nenhuma "Como eu era antes de você" foi o livro que mais me tocou, aquele tipo de livro que você vai se lembrar e levar para o resto da vida, sempre querendo ler de novo. 
Narrado por Lou e algumas vezes por outros personagens o livro conta a historia de Lou Clarke e Will Traynor, que de uma forma inesperada as vidas opostas dos dois acabam encontrando o mesmo caminho.
Lou Clarke é uma garota normal que vive em uma cidadezinha da Inglaterra com os pais, a irmã mais nova prodígio, o sobrinho e o avô que precisa de cuidados, tem um trabalho que gosta e um namorado que não gosta tanto assim, porém tudo muda quando ela perde o emprego e tem que procurar um novo, com pouca experiência ela acaba se vendo como cuidadora de um tetraplégico.
E é assim que ela entra na vida de Will Traynor, um jovem bem sucessido, bonito e que adora aproveitar a vida até que um acidente acontece. Lou não tem ambições e nem vontade de mudar sua vida, ela não é o que diríamos "a pessoa certa" para cuidar de uma pessoa que deseja morrer, porém ela é o exemplo de animação e dedicação. Convivendo também com os próprios demônios do passado, e o espírito de inferioridade que as vezes sente ela faz de tudo para ser uma ótima cuidadora, e realizar o pedido da família Traynor: que Will queira viver.
Will Traynor é completamente oposto da pessoa feliz que era, depois do acidente ele se tornou uma pessoa amargurada e rancorosa e começa ter um tipo de humor sádico e não se importar mais com nada, mas Lou esta disposta a qualquer coisa para mudar isso.
Este é um livro divertido, porém com um assunto sério, é aquele romance trágico que acaba com os sentimentos de qualquer um, uma lição de vida. Em muitos momentos desse livro você vai ter uma reflexão e repensar sobre sua vida, é aquele tipo de livro que se todas as pessoas lessem o mundo seria um lugar melhor.

Garota Interrompida é um livro que é necessário ter um bom psicológico para lê-lo, caso contrário você irá questionar-se sobre inúmeras coisas e acabará ficando um pouco depressiva, eu fiquei.
Susanna Kaysen vai nos contar a história de um fragmento de sua adolescência transtornada onde passou, a partir de seus 18 anos, 2 anos em um hospital psiquiátrico. Depois de um visita com um terapeuta que para ela foi em menos de 10 minutos, mas que na realidade levou pelo menos umas 3 horas ela foi encaminhada para o hospital, ela não lutou contra isso mas também nada disso era algo que desejasse, afinal quem iria querer ir para um lugar como aquele?
Ela foi diagnosticada com Transtorno de Personalidade Limítrofe e acabou descobrindo isso somente depois que já havia saído do hospital, mas para mim, qualquer adolescente que se prese poderia ser diagnosticado com essa doença,com uma exceção para o caso daqueles que nunca tiveram vontade de cometer suicídio ou de se machucarem, mas todos os outros sintomas a grande maioria tem.
Na sua estadia no hospital ela faz algumas amizades, alguma delas com problemas bem maiores que os dela e outras nem tanto assim. Mas uma amiga que irá se destacar aos olhos de qualquer leitor é a Lisa, ela é uma sociopata e eu nunca vi um sociopata mais orgulhoso de ser o que é quanto essa garota. Ela consegue fugir do hospital várias vezes, sumindo por um ou mais dias, porém sempre é encontrada, o que me faz pensar se ela de fato não queria ser encontrada novamente. De um modo geral ela dá vida aquele lugar, ela não deixa sua loucura repentina mudar as coisas e está ali a mais tempo que as outras garotas. Eu vejo ela como a garota popular do hospital.
Os transtornos das outras garotas irá mexer com você, comigo particularmente foi a Polly. Ela é uma criança que ateou fogo nela mesma, o que faz com que metade de seu rosto e parte do seu corpo seja deformado, mas mesmo assim, ela é a criatura mais doce e você não esperaria encontrar alguém assim num lugar como aquele.
A vida naquele lugar não é fácil, estar ali e ter ciência do motivo pelo qual se encontra lá também não é. Conviver consigo e com sua loucura, com a loucura dos outros e com enfermeiras e terapeutas é outra dificuldade presente. Esse livro várias vezes fará com que você leia, pare e pense "será que sou louca?".


Orgulho e Preconceito foi o primeiro contato que tive com a Jane Austen, apesar de ter demorado muito tempo para desfrutar de tal autora não me arrependo da demora, li este livro no momento certo e se tivesse lido antes acabaria não gostando tanto quanto gostei.
Neste romance não consigo encontrar nenhum detalhe clichê se quer, na realidade, dentre todos os romances que li este foi o que me apresentou uma história muito diferenciada, talvez por ser uma história antiga, lá para meados de 1800, o livro conseguiu me transportar para uma atmosfera desconhecida. O prazer de imaginar aquelas moças em seus vestidos imensos, andando de carruagens para lá e para cá, participando de bailes e bingos foi sem tamanho, foi um cenário completamente novo para e é sempre bom fugir daquilo que é comum aos nossos olhos. Todo isso deixou a história mais épica e gostosa, foi realmente uma leitura fantástica.
Orgulho e Preconceito vai contar a história de Elizabeth, a segunda das irmãs mais velhas de um total de cinco irmãs. Lizzy, como algumas pessoas a chamam, é uma das personagens femininas que mais se destacarem aos meus olhos, tem a personalidade forte, ela fala tudo aquilo que sente vontade de falar, sem filtros ou preocupações e não sente a necessidade de agradar aqueles ao seu redor. Também não dá grande importância as coisas banais ou que não são de seu interesse, tratando situações assim com uma seriedade menor. 
Jane Austen descreve a personalidade de seus personagens com uma perfeição sem igual, você consegue sentir a essência de todos eles, pegando antipatia por alguns e se identificando com outros. 
Como o romance se passa na época onde casamentos giravam muito ao redor de dinheiro onde a maioria das alianças eram formadas com base nisso, conseguimos enxergar nitidamente como naquela época era importante honrar o nome de sua família e quanto isso trazia o orgulho/preconceito das pessoa à tona. O orgulho e preconceito estão presentes em toda a história e eles são mostrados á nós em suas inúmeras formas e está presente em praticamente todos os personagens, salvo aqui a Jane, a irmã mais velha de Elizabeth e a personagem mais doce do livro.
Darcy é um dos personagens mais intrigantes que conheci, ele tem um ar muito sério e aparenta ser completamente fechado em relação a sua vida e seus sentimentos. No começo, nada sabemos dele além de que é um rapaz extramente orgulhoso e arrogante, mas com o desenrolar das coisas vamos nos surpreendendo em como até nós leitores criamos um certo preconceito com o rapaz (pelo menos eu sim rs)  e acabaremos vendo como as pessoas podem ser diferentes assim nos damos chances para conhecê-la. Elizabeth compartilhou desse mesmo sentimento, se surpreendendo não só com o Sr. Darcy mais com muitos dos outros personagens que estão presentes na trama.
É uma leitura serena, reservando para o final alguns frios na barriga.

Invisível

Os livros de David Levithan sempre, de algum modo, me deixam muito encantada e fazem com que minha admiração pelo autor cresça. Além de sempre proporcionar uma leitura fácil, gostosa e rápida ele acrescenta perspectivas de um mundo que eu aprecio e muito.
Invisível é uma obra que está aí para provar que autor consegue desenvolver histórias não somente românticas, Invisível é um romance mas a aventura que o autor acrescentou ao livro fez tudo ficar ainda melhor e mais prazeroso.
Stephen é uma garoto que foi amaldiçoado desde de seu nascimento, ele sempre foi um garoto invisível não apenas para si mesmo como para todos ao seu redor. Sua mãe nunca abandonou-o e fazia de tudo para que, do modo que fosse possível, Stephen tivesse uma vida normal. Mas o que seria uma vida normal para um garoto que não pode ser visto? Imagine só o quanto é difícil para a mãe dele proporcionar, pelo menos um terço do que seria uma vida normal. E seu pai não aguentou a pressão que essa vida exigia, tornando-se assim apenas um meio para Stephen obter dinheiro.
A vida do rapaz se torna um pouco mais complicada com o falecimento de sua mãe, ele está completamente sozinho e não há nada que ele possa fazer para que essa situação se resolva. Stephen tem o hábito de ir ao parque observar a vida e a rotina das pessoas, ele olha o nosso mundo de fora e tenta absorver o que pode da essência de viver e ser visto e tenta não desaparecer por completo.
Enquanto Stephen  queria de qualquer modo ser visto por alguém Elizabeth, a recém chegada na cidade e mais nova vizinha de Stephen, queria o contrário. Se mudou com a família com o desejo reprimido de nessa nova fase da sua vida se tornar invisível. Quando ele estava voltando de uma de suas visitas rotineiras ao parque ele a encontra no corredor, para próximo a sua porta e fica ali observando-a, ao derrubar uma de suas sacolas Elizabeth não entende o porquê de seu vizinho não ajudá-la, já Stephen. atordoado, não consegue compreender o porquê Elizabeth o vê.
A história se passa em Nova York e acredito que este seja um dos cenários mais lindos para o desenrolar de um romance. Você, leitor, não irá se apaixonar somente pelos protagonistas, todos os personagens carregam consigo características únicas e apaixonantes. Para mim, Laurie, o irmão mais novo e homossexual de Elizabeth merece seu devido destaque, é aquele tipo de personagem que irá deixar uma marquinha em você.