Garota Interrompida é um livro que é necessário ter um bom psicológico para lê-lo, caso contrário você irá questionar-se sobre inúmeras coisas e acabará ficando um pouco depressiva, eu fiquei.
Susanna Kaysen vai nos contar a história de um fragmento de sua adolescência transtornada onde passou, a partir de seus 18 anos, 2 anos em um hospital psiquiátrico. Depois de um visita com um terapeuta que para ela foi em menos de 10 minutos, mas que na realidade levou pelo menos umas 3 horas ela foi encaminhada para o hospital, ela não lutou contra isso mas também nada disso era algo que desejasse, afinal quem iria querer ir para um lugar como aquele?
Ela foi diagnosticada com Transtorno de Personalidade Limítrofe e acabou descobrindo isso somente depois que já havia saído do hospital, mas para mim, qualquer adolescente que se prese poderia ser diagnosticado com essa doença,com uma exceção para o caso daqueles que nunca tiveram vontade de cometer suicídio ou de se machucarem, mas todos os outros sintomas a grande maioria tem.
Na sua estadia no hospital ela faz algumas amizades, alguma delas com problemas bem maiores que os dela e outras nem tanto assim. Mas uma amiga que irá se destacar aos olhos de qualquer leitor é a Lisa, ela é uma sociopata e eu nunca vi um sociopata mais orgulhoso de ser o que é quanto essa garota. Ela consegue fugir do hospital várias vezes, sumindo por um ou mais dias, porém sempre é encontrada, o que me faz pensar se ela de fato não queria ser encontrada novamente. De um modo geral ela dá vida aquele lugar, ela não deixa sua loucura repentina mudar as coisas e está ali a mais tempo que as outras garotas. Eu vejo ela como a garota popular do hospital.
Os transtornos das outras garotas irá mexer com você, comigo particularmente foi a Polly. Ela é uma criança que ateou fogo nela mesma, o que faz com que metade de seu rosto e parte do seu corpo seja deformado, mas mesmo assim, ela é a criatura mais doce e você não esperaria encontrar alguém assim num lugar como aquele.
A vida naquele lugar não é fácil, estar ali e ter ciência do motivo pelo qual se encontra lá também não é. Conviver consigo e com sua loucura, com a loucura dos outros e com enfermeiras e terapeutas é outra dificuldade presente. Esse livro várias vezes fará com que você leia, pare e pense "será que sou louca?".

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